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Fevereiro/2019

2/1/2019

 

DESTAQUES
  • Ações nos EUA tem maior queda em 7anos
  • Destoando dos sinais passados pelos EUA, a China e a Europa dão sinais de desaceleração nas suas economias
  • Bolsonaro confirma vitória nas eleições
  • Economia no Brasil dá sinais de melhora lenta e contínua​

Mercado internacional

Nos EUA o relatório de emprego de outubro trouxe mais bons resultados com a geração de 250.000 vagas e a manutenção da taxa de desemprego em 3,7%, a mais baixa em 49 anos. Nas eleições midterm para deputados, senadores e governadores os republicanos conseguiram manter a maioria no Senado, mas perderam no Congresso por uma pequena margem. 

O S&P500, que subia bem no ano, sofreu a maior queda mensal em 7 anos: -7%. Preocupações com o crescimento global, de que as precificações das ações já estão muito esticadas e com a alta na taxa de juros dos EUA foram algumas das razões citadas para este movimento. Apesar desta forte queda, que segue agora em novembro, continuamos positivos com o mercado de ações nos EUA. É lá que estão a maioria das empresas que mudam o panorama da economia, trazendo mais produtividade e novos negócios em escala global. Para quem tem uma visão longo prazo é importante estar posicionado nestes ativos.

Destoando dos sinais passados pelos EUA, a China e a Europa dão sinais de desaceleração nas suas economias, o que indica que o crescimento sincronizado das principais economias do mundo pode estar perto do fim. 
As commodities também caíram bastante em outubro (em novembro seguem na mesma toada). O destaque foi o petróleo que no mês passado caiu 8,8%. ​

Brasil

Bolsonaro confirmou a vitória e foi eleito presidente do Brasil. O PT perdeu muitos votos no estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde tinha obtido maioria no segundo turno em todas eleições para presidente desde 2002. Nas capitais dos estados do Nordeste Bolsonaro também conseguiu virar quantidade relevante de votos. O último rincão com grande maioria PTista permaneceu o interior do Nordeste, nas cidades pequenas e médias. Na última página, colocamos um mapa (Gráfico 4) onde é possível visualizar esta mudança. Os pontos em vermelho representam os municípios onde o PT perdeu votos e os em verde onde ganhou no segundo turno de 2018 versus o segundo turno da eleição de 2014. Quanto maior a esfera maior a diferença de votos entre uma eleição e outra.

A formação dos ministérios de Bolsonaro tem mandado bons sinais, surpreendendo positivamente. A consolidação de Paulo Guedes como um “superministro” de economia, onde o ministério irá agregar várias pastas, associada ao anúncio de Sérgio Moro na justiça mostra que ele passou a compartilhar poder em dois pontos importantes de seu governo. Agora, Bolsonaro criou uma dependência destes ministros. Sem Guedes seu governo perderá credibilidade e os mercados podem sofrer, impactando a economia. Sem Moro, ele perde o apoio de seus eleitores e consequentemente deve ter dificuldades nas articulações políticas. Ao contrário de Dilma, que nomeava ministros sem peso e que eram demitidos com facilidade, Bolsonaro terá que pensar muitas vezes antes de descartar estes dois nomes. Vemos isto como uma espécie de ancora, bastante positiva.

Permanece o receio sob a capacidade de execução do governo,
razão pela qual os investidores estrangeiros ainda não se empolgam com o Brasil. Paulo Guedes pode formular ótimas propostas, mas a articulação e aprovação disso continua sendo a grande dúvida. Após as eleições, foi feito um esforço para aprovar alguns pontos da proposta de Temer para a reforma da previdência, mas o tema não chegou a ser posto em pauta. Além de não conseguir uma pauta positiva, dois revezes foram aprovados para o próximo governo: o reajuste do salário de juízes e o Rota 2030, com abatimentos tributários para a indústria automobilística. Estes episódios ilustram como será a realidade a partir de 2019 e que é muito difícil cortar gastos e privilégios.

Os indicadores econômicos estão mostrando recuperação gradual e saudável no Brasil.
No mercado de trabalho o CAGED mostra geração de vagas de trabalho em todos meses de 2018, exceto em junho como efeito da greve dos caminhoneiros. O indicador de atividade do Banco Central IBC-BR acumula avanço de 1,45% em 12 meses fechados em setembro. A inflação continua sob controle, mesmo com a taxa de juros excepcionalmente baixa. Acompanhando as teleconferências de resultados dos Bancos, temos notado o aumento de apetite de risco das instituições, que devem acelerar a concessão de crédito em 2019. Temos um cenário de retomada lenta, porém firme da economia, que pode ser acelerada com a aprovação das importantes reformas no começo do mandato de Bolsonaro.


Juros e Inflação

Em outubro o CDI rendeu 0,54%. O resultado das eleições trouxe grandes valorizações para os índices de renda fixa. O IRFM 1+ subiu 4,7% e o IMA-B 7,1%. O IPC-A de outubro registrou 0,45%, abaixo dos 0,54% esperados. O cenário mais benigno já faz os analistas revisarem suas projeções e muitos esperam que a taxa de juros não deva subir durante todo o ano de 2019. No final de outubro o Copom manteve a taxa de juros em 6,5%aa.

Bolsa

O Ibovespa subiu 10,2%. A expectativa de reformas e privatizações animaram os investidores locais. Apesar do clima pior no exterior, que levou o índice de mercados emergentes a cair mais de 8%, a confirmação de Bolsonaro na presidência fez o Ibovespa reagir e acumular alta de 14% no ano. Agora, o novo governo vai sair dos planos e partir para a ação. Os indicadores econômicos mostram um cenário pior no exterior e uma recuperação lenta e gradativa no mercado interno. Para acelerar este movimento de alta é preciso demonstrar força política para a aprovação de reformas, dentre elas a principal é a reforma da previdência. 

Ficamos mais positivos com o mercado de ações local e bem impressionados com o quadro técnico que está sendo montado. Porém ainda temos dúvidas da sua capacidade de execução e também como se dará o relacionamento com o Congresso. 

Câmbio

O dólar caiu 8,1% versus o real, cotado a R$ 3,72. Talvez o movimento mais expressivo após a vitória de Bolsonaro.
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